sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ORGANIZAR NO LOCAL DE TRABALHO PARA ENFRENTAR A REGRESSÃO SOCIAL

A presidenta Dilma Roussef, no último dia das mães, por ocasião do lançamento do Programa Brasil Carinhoso, afirmou que em nosso país seu governo se esforça em fazer a justiça social. Como outros governantes, neste tipo de discurso, recorre a uma técnica retórica para amenizar possíveis críticas.
Indica que muito tem sido feito, mas complementa dizendo que há muito por ser feito ainda.
O otimismo da primeira mandatária, no entanto, continua a se chocar com o que vemos nas ruas, praças, vilas, favelas e outros espaços públicos das grandes cidades brasileiras. As políticas compensatórias como o Brasil Carinhoso e Bolsa Família são insuficientes para reverter o quadro geral de pobreza, desigualdade e condições de vida duras e difíceis vivida pela maioria do povo brasileiro. Tentam consertar a miséria com um conta-gotas, enquanto o capitalismo e sua políticas regressivas que retiram direitos geram incessantemente mais e mais desigualdade.
Dados oficiais apontam para uma taxa de desemprego na casa dos 5%, mas pesquisa encomendada pela FIRJAM ( Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), aponta que em 2010, em algumas favelas e comunidades da ''Cidade Maravilhosa'' com presença da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), entre 20% nas favelas da zona sul e 36% em favelas da zona oeste, jovens entre 15 e 24 anos não estudam e nem trabalham.
Entre aqueles que trabalham, a situação é extremamente dura, na medida em que sofrem uma exploração brutal. Diversas categorias não sabem mais o que é descanso semanal regular, férias, etc. A superexploraçãofaz com que continuemos sendo um dos campeões mundiais de acidentes de trabalho e adoecimento profissional.
Por essas e outra razões é que os trabalhadores estão lutando, como no caso dos operários nas obras do PAC e dos estádios de futebol, dos servidores públicos da Saúde, da Educação, Transporte e dos trabalhadores metalúrgicos de São José dos Campos.
De fato, como sabemos, uma das armas mais poderosas que temos contra a burguesia e seus governos, é a nossa organização, ferramente necessária para que compreendamos a nossa realidade, para que nos mobilizemos e lutemos contra o capitalismo.

Jornal Arma da Crítica

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