Educação no Estado de São Paulo

Há 20 anos o Governo tucano do Estado de São Paulo estabelece uma política de sucateamento e precarização aos funcionários da Educação, aos professores e ao povo paulista. O Estado mais rico do Brasil, paga o 12º pior salário do País e ainda estabeleceu uma jornada de escravidão aos funcionários, trabalhando por muitas vezes além da sua carga horária (que já é excessiva, sendo 09 horas diárias) sem direito a hora extra e professores tendo que trabalhar manhã/tarde/noite para ao menos conseguir pagar suas necessidades básicas. O acompanhamento da qualidade e a avaliação docente resumem-se em: encaminhar apostilas bimestralmente e fazer algumas avaliações diagnósticas para ver a funcionalidade do método e estabelecer aos professores e funcionários uma bonificação de acordo com o aumento no índice do IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de SP).

Mas será que apenas apostilas e pagamento de bônus resolve o problema da Educação?

Temos escolas com problemas gravíssimos em infraestrutura (esgoto, bomba d'água quebradas e/ou queimadas, pára-raios quebrados ou inexistentes, cadeiras e carteiras quebradas, cupins, etc.), professores e funcionários se afastando cada vez mais das suas atividades principalmente por problemas psicológicos, por não haver uma equipe de apoio dentro das unidades escolares (assistentes sociais, segurança, psicólogos, enfermaria, cuidadores, etc.), salários defasados (hoje um funcionário da secretaria ou do pátio da escola ganha um piso de R$ 908,00 que não paga nem o aluguel aos padrões paulistas, professores ganhando R$ 1.400,00 com uma carga horária desgastante), vale-alimentação obsoleto (com R$ 8,00 para um dia inteiro de trabalho, quem consegue ter uma boa alimentação?), entre diversos problemas que fazem o profissional da educação perder cada dia mais a vontade de trabalhar neste ramo.

Por estes motivos percebemos constantemente mudanças dentro do quadro de profissionais do pátio/secretaria, grande quantidade de professores afastados e/ou readaptados e alunos cada dia mais desanimados e desinteressados. Os grandes índices de evasão escolar dentro do Estado estão aí para provar a incapacidade e o fracasso do governo tucano em oferecer uma Educação de qualidade para os paulistas.

Para reverter essa ofensiva neoliberal na Educação, é necessário que os funcionários e professores estabeleçam um grito uníssono que seja capaz de influenciar a sociedade a debater por melhorias nas condições de trabalho e denunciar todo massacre que educadores, funcionários e alunos sofrem constantemente pelo Governo do PSDB há mais de 20 anos.  

Queremos discutir: o que é Educação? Como está a estrutura escolar dos nossos filhos? Por que professores e funcionários estão desmotivados em seguirem na área? É possível viver recebendo um vale refeição de R$ 8,00 reais por dia? Qual a perspectiva de vida para os alunos submetidos nesse caos?

‘’Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade mudará.’’ - Paulo Freire